23 dezembro 2014

Banda Catherine Wheel

Esse post entra na sessão: Bandas desconhecidas por mim, no mundo do rock. E hoje vamos falar um pouco sobre a banda Catherine Wheel.


Catherine Wheel surgiu em 1990, formado por Rob Dickinson (guitarra e vocal principal, tinha o sobrenome Dickinson não por coincidencia, é primo de Brian, vocalista do Iron Maiden), Brian Futter (guitarra e vocais), Dave Hawes (baixo) e Neil Sims (percussão). Traziam uma mistura balanceada de hard rock, rock alternativo e shoegazing influenciados por Pink Floyd, The House of Love e Talk Talk. Como outros grupos shoegazers, apresentavam  vocais emotivos envolvidos em guitarras distorcidas e atmosferas etereas, mas se diferenciavam dos demais ao utilizarem uma postura menos experimental e mais "song-oriented". Um dos motivos que fizeram conseguir permanecer mais que as outras bandas do mesmo gênero. Tiveram ao longo da carreira altos e baixos comerciais e de crítica apesar das turnês extensas.

Após dois compactos e um Peel Sessions, foram disputados por várias gravadoras, entre elas a pequena Opal de Brian Eno, a Creation de Alan Mcgee e, por última, Fontana, que tinha acordos de distribuição nos EUA com a Mercury. Como a Opal não era compatível com as ambições da banda e a Creation estava afundada de dívidas por conta das intermináveis sessões de gravações do Loveless do My Bloody Valentine, optaram por assinar com a major Fontana. Assinados com a Fontana, logo no debut, tiveram os sonhos realizados ao conseguirem trabalhar com Tim Friese-Greene, produtor do Talk Talk. Sua presença foi crucial para o o desenvolvimento de um som novo e original da mesma forma que fez com a banda de "It's My Life". Fement de 1992 teve grande recepção da crítica e emplacou um hit alternativo, a épica "Black Metallic".

Chrome, esse produzido por Gil Norton (mesmo produtor do Pixies, Foo Fighters entre outros), foi lançado em 1993. Trouxe um som mais pesado e denso, quase metálico, com belas e memoráveis melodias, mas sem abandonar o ecleticismo como mostrado na belíssima e melacólica "The Nude", na mercurial "Kill Rhythm" e na quase progressiva "Fripp", sendo o álbum favorito de quem vos escreve.

Após uma turnê extensa, retornaram com Happy Days, mudando profundamente o som e abraçando mais explicitamente o metal e o grunge. Produziu o hit "Waydown" e expondo a banda mais do que nunca, apesar da recepção fria por parte da crítica.

Nesse meio tempo, enquanto se preparavam para entrarem no estúdio, foi lançada a coletânea Like Cats and Dogs em 1996 que trazia os fantásticos lados B dos singles anteriores que já eram díficeis de se encontrar, porém estruturados de forma que se parecesse com um fosse um novo álbum.

O álbum que sucedeu foi o épico e quase conceitual Adam and Eve de 1997. Nesse lançamento as raízes progressivas vieram à flor da pele, com a ajuda do veterano Bob Ezrin (produtor do The Wall do Pink Floyd), mas mesmo com belas canções e aclamação da crítica (a revista The Big Takeover nomeou como o melhor do ano, na frente de OK Computer do Radiohead), as vendas não foram bem sucedidas. Após isso a banda deixou a Mercury, ficando um tempo sem gravadora.

Somente em 2000, agora com a Columbia, lançaram Wishville, que foi até que bastante tocada nas rádios alternativas mesmo com vendas medianas. Durante as gravações o baixista Dave Hawes deixou a banda. Depois da receptividade negativa e no meio da crise da Columbia, a banda resolve entrar em pausa que perdura até os dias de hoje.

Escutem:

Back Metallic

The Nude

Fripp

Heal

Delicious

Sparks are gonna fly


Enjoy it! =)

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